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quinta-feira, 13 de maio de 2010

Campina Grande recebe Mostra de Teatro do Oprimido da Paraíba e Rio Grande do Norte


O evento acontece dia 14 de maio no Cine Teatro do SESC Centro Campina Grande, as 19h

Com realização do Centro de Teatro do Oprimido (CTO), apoio do SESC Paraíba e patrocínio do Ministério da Cultura (Minc), por intermédio do Programa Cultura Viva, será realizada no dia 14 de maio,as 19h, no Cine Teatro do SESC Centro Campina Grande a “Mostra de Teatro do Oprimido da Paraíba e Rio Grande do Norte”. Na ocasião multiplicadores e praticantes do método criado pelo teatrólogo e ensaísta Augusto Boal se reúnem para atividades estéticas e teatrais, seminário de saberes e práticas e o lançamento do livro póstumo de Boal. O evento público é gratuito e aberto a todos os públicos.



As atividades realizadas em Campina Grande integram o Projeto Teatro do Oprimido de Ponto a Ponto cujo objetivo é a capacitação e acompanhamento de novos multiplicadores do método em dezoito estados brasileiros e quatro países da África lusófona: Moçambique, Guiné-Bissau, Senegal e Angola. Os cursos de formação aconteceram em parceira com o Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA, que realizou articulação com o Centro de Teatro do Oprimido (CTO).

No dia 14 de maio, o público vai assistir a duas peças teatrais com atuação de grupos de Cuité/PB e de Poço Branco/RN. Ao final de cada apresentação alguns dos espectadores serão convidados a entrar na cena, trocando de lugar com o protagonista, para mostrar alternativas aos problemas encenados. Nas peças os atores encenam episódios reais das suas vidas. Neste dia acontece também o lançamento do livro póstumo do teatrólogo e ensaísta Augusto Boal, A Estética do Oprimido, considerado o testamento artístico do autor que pouco antes de falecer foi nomeado embaixador mundial do teatro pela Unesco, uma exposição de produtos artísticos produzidos pelos grupos locais e a Sessão Solene Simbólica de Teatro Legislativo.

“O espectador (ou espect-ator) da sessão de Teatro-Fórum não é um consumidor do bem cultural, mas sim um ativo interlocutor que é convidado a assumir o papel do oprimido ou de seus aliados para interagir na ação dramática de maneira a apresentar alternativas para transformar a realidade – ser ator de sua própria vida”, diz o arte educador Cláudio Rocha, curinga do Centro de Teatro do Oprimido.

“Na sessão de Teatro Legislativo, a platéia, além de fazer as intervenções substituindo o personagem oprimido, pode também sugerir propostas de Lei ou de ações concretas que tragam alternativas ao problema. Com o apoio de um assessor legislativo e um especialista no tema, serão selecionadas duas propostas para serem debatidas e votadas. As aprovadas serão encaminhadas ao Poder Legislativo ou às autoridades competentes. Através do Teatro Legislativo foram criadas 13 Leis Municipais na cidade do Rio de Janeiro, duas Leis Estaduais nesse estado e tramitam no Congresso Nacional dois Projetos de Lei”, afirma Olivar Bendelak, curinga do Centro de Teatro do Oprimido.


BRASIL ADENTRO, MUNDO AFORA


Surgido em 1986, o Centro de Teatro do Oprimido (www.cto.org.br) é um centro de pesquisa e difusão, que desenvolve metodologia específica do Teatro do Oprimido em laboratórios e seminários, ambos de caráter permanente, para revisão, experimentação, análise e sistematização de exercícios, jogos e técnicas teatrais. Nos laboratórios e seminários são elaborados e produzidos projetos sócio-culturais, espetáculos teatrais e produtos artísticos, tendo como alicerce a Estética do Oprimido. A filosofia e as ações desta instituição visam à democratização dos meios de produção cultural, como forma de expansão intelectual de seus participantes, além da propagação do Teatro do Oprimido como meio, da ativação e do democrático fortalecimento da cidadania. O CTO implementa projetos que estimulam a participação ativa e protagônica das camadas oprimidas da sociedade, e visam à transformação da realidade a partir do diálogo e através de meios estéticos. Dessa forma o CTO desenvolve projetos na área da educação, saúde mental, sistema prisional, pontos de cultura, movimentos sociais, comunidades, entre outros. Por conta de sua natureza humanística e do potencial do Teatro do Oprimido, está atuante em todo o Brasil e em países como Moçambique, Guiné Bissau, Angola e Senegal.


PROGRAMAÇÃO


14 de maio

19h - Abertura da exposição A Estética do Oprimido com palavras dos curingas Olivar Bendelak e Cláudio Rocha, seguido do lançamento do livro póstumo do teatrólogo e ensaísta Augusto Boal.

19:30h - Apresentação da peça de Teatro-Fórum "Quero votar e ninguém deixa", com o Grupo CTOC da cidade de Cuité, Paraíba. Sinopse: A peça conta a história real de um adolescente que questiona a cultura do voto de cabresto em sua cidade, onde os pais obrigam seus filhos a votar em determinados candidatos que prometem emprego em troca dos votos e depois de eleitos, somem e esquecem de suas promessas. O Grupo: Formado por 11 atores-músicos entre 14 e 29 anos.

20:30h - Apresentação da peça de Teatro-Fórum "Separar por quê?", com o Grupo Filhos da Terra da cidade de Poço Branco, Rio Grande do Norte. Sinopse: A peça conta a história real de jovens do Quilombo Acauã que são segregados do sistema de transporte escolar por racista. O Grupo: Formado por jovens entre 12 e 25 anos pertencentes ao Quilombo Acauã.

22h - Encerramento

15 de maio

“Encontro de Multiplicadores do Teatro do Oprimido da Paraíba e Rio Grande do Norte”

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