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sábado, 26 de setembro de 2009

Um paraibano 'arretado'


Durante oficina em Campina, artista mostrou porque se tornou um dos paraibanos mais reconhecidos nas artes

Circunspecto. Calado. Concentrado. Ministrando a Oficina "O processo criativo do ator", na última semana, em Campina Grande, o ator e diretor paraibano Luiz Carlos Vasconcelos em nada recordava o palhaço Xuxu, personagem cheio de vivacidade e esplendor com o qual iniciou sua carreira há cerca de três décadas. Estava em cena o professor sério e exigente, mas, principalmente a marca de um competente paraibano, que enfrentou vários desafios para consagrar o seu talento em todo o país e no exterior.

Ator e diretor de teatro desde sua infância, em Umbuzeiro, na Cariri paraibano. Luiz Carlos Vasconcelos é formado em Letras, estudou artes cênicas na Dinamarca e depois incorporou-se ao grupo teatral Intrépida Trupe. Na Escola Nacional de Circo do Rio de Janeiro, Carlos aperfeiçoou técnicas circenses de equilíbrio e monociclo, entre outras, assim como seu conhecimento musical, inicialmente com o violino e depois com o fole alemão de oito baixos.

O palhaço Xuxu, "um palhaço cidadão", como o definiu seu criador, pelo personagem viver entre as comunidades carentes, existe desde 1978. No mesmo ano, junto com outros artistas, fundou em João Pessoa a Escola Piolim, nome dado em homenagem a um velho palhaço paraibano. O complexo, além de ser sede de seu grupo teatral, desenvolve um trabalho de educação popular.

Embora tenha vivido durante muitos anos através de suas apresentações como Xuxu, especialmente em festas de aniversário infantis, Vasconcelos dedicou-se também a outras áreas do teatro, ao cinema e à televisão. O artista estreou no cinema com Baile perfumado (1997), fazendo o cangaceiro Lampião. A produção, de baixo orçamento mesmo para os padrões brasileiros, fez sucesso em festivais e os cineastas dos grandes centros tiveram sua atenção atraída para Vasconcelos. Atuou ainda, entre outros, em O primeiro dia (1998), Eu tu eles (2001) e Abril despedaçado (2001).

O filme Carandiru (2003), dirigido por Hector Babenco, onde interpretou o protagonista, o médico Dráuzio Varella, alavancou o talento de Vasconcelos para todos os pontos do Brasil. "Mais de quatro milhões de pessoas assistiram ao filme. Foi um papel muito importante em minha carreira", reconheceu.

Contudo, o ator não acredita ser imprescindível sair de seu local de origem e frequentar o eixo Sudeste do Brasil, para alcançar destaque na profissão. "Creio que quando você é bom, o êxito vem naturalmente. Surgem convites e possibilidades ao fazer um bom trabalho. Também é preciso gostar do que se faz, para alcançar resultados positivos", explicou. Para aqueles que desejam ingressar na profissão, não há segredo para se dar bem, conforme revelou Luiz. "Dedicação é o mais importante. Estudar, explorar suas potencialidades. Descobrir aquilo que você faz melhor", disse.

Oficina

Luiz Carlos Vasconcelos veio a Campina Grande para participar do Festival Palco Giratório, promovido pelo Sesc Nacional e arrebanhou ao palco do Teatro Municipal Severino Cabral nada menos que 30 atores locais, para participarem da oficina"O processo criativo do ator". Ávidos pelas orientações da estrela de Vau da sarapalha - texto de Guimarães Rosa, que montou pela primeira vez em 1992 - os que se fizeram presentes à oficina faziam um silêncio quase constrangedor no teatro. Ouvia-se aqui e ali a dicção perfeita de Luiz, fazendo apontamentos e sugerindo algo.

Ele explicou que um dos objetivos centrais da oficina foi, a partir do trabalho dos atores, elaborar a cena e sua atmosfera, construindo uma dramaturgia capaz de instaurar um contexto poético. "É preciso que o ator busque em seu interior tudo aquilo que deseja colocar no espetáculo. A partir disso, é necessário instrumentalizá-lo para que comece o processo de expressão", contou.

Fonte: Diário da Borborema

‘Rumos Itaú’ inscreve para workshop


Estão abertas as inscrições para o workshop ‘Entre Percursos e Circuitos - Manobras da Arte’, que será realizado em João Pessoa entre os dias 6 e 9 de outubro.

A promoção é do Itaú Cultural, em parceria com a Usina Cultural Energisa. O evento faz parte da 4ª edição do programa ‘Rumos Artes Visuais’. A coordenação do evento é da mineira Janaína Mello, assistente curatorial do ‘Rumos Itaú Cultural Artes Visuais’.

Sempre no horário das 14h às 18h e com um máximo de 25 participantes, o workshop é dirigido a profissionais das artes visuais - pesquisadores, professores, estudantes, artistas e galeristas, entre outros -, e coloca em debate os caminhos da arte contemporânea.

Inscrições podem ser feitas pelo telefone 83-3221.6343 ou pelo email: (usina@energisa.com.br).

Fonte: Jornal da Paraíba

Areia espera 80 mil pessoas na 1ª edição do ‘Areia Fest’, que acontece hoje e amanhã


Caravanas de vários Estados devem participar do I Areia Fest – Festival Brasileiro da Cachaça e Rapadura. Cerca de 80 mil pessoas são esperadas neste sábado e domingo, segundo o Secretário de Turismo da cidade, Ney Vital. Entre as atrações mais esperadas está o show de Geraldo Azevedo, hoje.

Também neste sábado se apresentam, a partir das 14h, na Praça Central Brilho da Paixão e Forró da Galega, e à noite, às 21h haverá show da Banda Voo Livre e Gilliard. Amanhã se apresentam, a partir do meio-dia, Zezo, NaLLevada e Forró VIP e, às 21h, Cinzeiro de Motel, Capim Cubano e Luara.

Paralela a programação festiva, a prefeitura programou o ‘Roteiro Civilização do Açúcar – Caminhos dos Engenhos’, que oferece uma visita ao Museu da Rapadura, localizado no Centro de Ciências Agrárias, passeios por trilhas ecológicas na Mata do Pau Ferro, uma das últimas remanescentes da mata atlântica, degustação e visitas aos vários engenhos produtores de cachaça e da rapadura da região.

Para os turistas que ficarão na cidade, a Secretaria de Turismo preparou o “Tour Cultural”, um passeio por todo o centro histórico tombado da cidade de Areia – primeira da Paraíba reconhecida como Patrimônio Histórico da Cultura Nacional -, que inclui visitas aos museus e à casa onde nasceu o pintor Pedro Américo.

Ney Vital informou, ainda, que os visitantes vão degustar a melhor cachaça, que devido a sua qualidade é exportada até para o exterior (Triunfo para Itália, Serra de Areia para os Estados Unidos e Turmalina da Serra para Portugal).

“É o reconhecimento de que a Paraíba tem cachaça de qualidade para se destacar em qualquer lugar. Areia está hoje no seu melhor momento cultural e artístico”.
O I Areia Fest está sendo transmitido em tempo real no endereço eletrônico: (www.areia.pb.gov.br).

Fonte: Jornal da Paraíba