A chave gira o cilindro e abre a portinha metálica da caixa postal. Nada de encomendas ou mensagens, apenas o vazio. Saio do prédio dos Correios com uma estranha sensação náufraga, que me empurra sem razão para o café Aurora.
De longe, o grande prédio antigo, fardado de cinza, como um gigante ciclope a nos observar com seu olho-relógio. Os homens e os pombos, aos bandos, conspiram um não sei o quê. As pedras portuguesas, encardidas e irregulares, desafiam os pedestres mais apressados que margeiam a Praça da Bandeira.