Se tem alguém que pode ser considerado uma espécie de “cartão postal ambulante” de Campina Grande, esse alguém chama-se Biu do Violão. Sempre de boné, calça social e sandálias havaianas, o cantor nem sempre está acompanhado do instrumento que está incorporado ao seu sobrenome, mas, quando empunha o seu violão, de preferência pelo eixo Calçadão – Praça da Bandeira, o repertório em geral é um só: Roberto Carlos.
Um pouco dessa história foi registrada pelo cineasta Rômulo Azevedo no seu média-metragem Biu do Violão e o Diamante Cor de Rosa. O lançamento será um dos destaques da Mostra de Curtas, evento que integra as programações, 19º ‘Encontro da Nova Consciência’, que será aberto na próxima sexta.
“A gente vê Biu do Violão há 40 anos, todo dia, mas, meu Deus do céu, quem é esse cara? Quem o ser humano por trás desse personagem? Foi para justamente mostrar esse ser humano que eu fiz esse filme”, conta Rômulo Azevedo.
O trabalho consumiu em torno de cinco meses, foi filmado em digital e tem duração de 40 minutos. “Ele é uma pessoa extraordinária. Pernambucano, trabalhou como engraxate, carroceiro, lavador de carros, balaeiro. Aí descobriu o violão; aí descobriu Roberto Carlos”, resume Rômulo. Além de depoimento, no qual Biu do Violão fala de sua vida, há também números musicais.
A programação da mostra, que começa próximo sábado, no Sesc-Centro, será a seguinte: no primeiro dia, A suspeita (João Miguel Ribeiro), As bonecas de David, (Ronaldo Nerys); domingo, Biu do Violão e o Diamante Cor de Rosa (Rômulo Azevedo); segunda, Luzes de uma noite (Ricardo Migliore); 1930: O sertão no Brasil (Patrícia Lima), Mães do Cárcere (Cecília Souza, Rebeca Siqueira e Vera Lúcia Xavier); terça, Sobre vidas (Deleon Souto), Correndo atrás (Rômulo Azevedo).
Fonte: Jornal da Paraíba
