Em 21 de março de 1960, ocorreu, no bairro de Sharpeville, na África
do Sul, um protesto contra a Lei do Passe, que obrigava a todos os
não-brancos do país a usarem uma caderneta. No documento constava a cor,
etnia e profissão de cada negro, sua situação na Receita Federal e
restringia o acesso aos bairros brancos da cidade. A manifestação reuniu
vinte mil manifestantes na cidade de Johannesburg.
Tratava-se de um protesto pacífico, mas mesmo assim a polícia
sul-africana o conteve com rajadas de metralhadora, deixando 180 pessoas
feridas e 69 mortos. Em 1976, a Organização das Nações Unidas - ONU
oficializou a data em memória do Massacre de Sharpeville, tornando-a Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.