Pesquisas comCUCA

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Encenando Liberdade



Jovens se reúnem em Campina Grande para participar de curso de multiplicadores do Teatro do Oprimido

Sexta feira (20) inicio do feriado de carnaval alguns jovens vão chegando a sede do Centrac, localizado no bairro da Prata em Campina Grande. O motivo dessa reunião é o inicio do curso de formação de multiplicadores do Teatro do Oprimido “Juventude encenando vida: Instrumento de luta da Juventude empobrecida”, realizado por quatro instituições juvenis de Campina Grande e São José da Mata.
O curso que tem por objetivo formar grupos de Teatro do Oprimido é uma realização da Associação da Juventude para o Resgate da Cultura e da Cidadania – AJURCC;Centro Universitário de Cultura e Arte – CUCA; Pastoral da Juventude de Campina Grande – PJ e Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua – MNMMR. Com um financiamento de quatro mil quinhentos e vinte reais, oriundos de um projeto da Rede de Jovem do Nordeste, o “Juventude encenando vida” está dividido em seis etapas e será encerrado em abril com uma mostra publica das cenas montadas durante o projeto.
Segundo José Maxsuel membro da AJURCC, o TO consegue reunir elementos artísticos com instrumentos de articulação e transformação social, e esse foi um dos motivos que os levaram a realizar um projeto utilizando o Teatro do Oprimido.
“Nós nos apaixonamos pelo TO, pois ele consegue reunir o que há de artístico, com a coisa de ser um instrumento de luta efetivo. Então dessa forma acabamos utilizando a arte como um instrumento de luta para mudar a realidade, conscientizando as pessoas para que percebam as opressões das quais são vitimas diariamente.”Afirmou.
Os participantes do projeto foram escolhidos pelas entidades que formam o núcleo da Borborema ( Campina Grande e Cidades circunvizinhas) sendo em média cinco vagas por entidade o que deu um total de trinta jovens.
A próxima etapa do projeto está previsto para acontecer no primeiro final de semana de março no centro Universitário de Cultura e Arte de Campina Grande localizado nas margens do Açude Velho.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Para não saír da memoria


Após cerca de um ano e meio de luta e pressão do Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo junto ao Governo do Estado, foi reinaugurado, no último 24 de janeiro, o Memorial da Resistência, antigo prédio do Departamento de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo (Deops/SP).

Após reforma, o memorial reabre com uma nova concepção museológica para preservação da memória “de milhares de combatentes, que nunca aceitaram a opressão das classes dominantes e seus instrumentos ditatoriais”. De acordo com o jornalista Ivan Seixas, diretor do Fórum, “resgatar este velho prédio e transformá-lo num símbolo de resistência é a manifestação de quem luta pela democracia e não quer esconder nossa história. E nem apagar as pistas de sangue deixadas por carrascos impunes até os dias de hoje”.




Reconstituição das celas

Com a pressão realizada pelo Fórum, conseguiu-se a mudança do nome do Memorial e a realização de uma significativa reforma. Em agosto de 2007, foi apresentado o projeto de remodelamento, e sua implantação iniciou-se em agosto de 2008.




Na reforma foram reconstituídas celas, a fim de apresentar as reais condições a que os presos eram submetidos. Com ajuda de ex-presos, também foram refeitas inscrições nas paredes para resgatar as frases de resistência e solidariedade que haviam sido apagadas. Também foram instalados equipamentos audiovisuais por meio dos quais os visitantes podem informar-se sobre o que foi o espaço.




Na avaliação de Seixas, para cumprir seu papel histórico e didático, o Memorial deve ter um destino militante. “Projetos e programações devem sensibilizar a sociedade sobre a importância da luta pela Anistia, a Justiça de Transição e os Direitos Humanos para a Democracia. Para nós do Fórum dos ex-Presos e Perseguidos Políticos, o objetivo maior é completar a transição democrática, consolidar e aprofundar a democracia”, salientou.




Sem precedentes

Segundo Kátia Filipini, museóloga da Estação Pinacoteca do Estado “não temos conhecimento de nenhum outro projeto do tipo, no Brasil. O que sabemos é que há um museu na Argentina, ligado à Escola Superior de Mecânica da Armada (Esma), e que no Chile há um projeto em implantação”.




Sobre a importância do Memorial como instrumento de preservação e resgate da memória, ela afirma que “o museu é uma boa tentativa nessa luta e, como seu foco principal é a Ação Educativa e Cultural, desde já estão em projeto seminários, debates e palestras para contribuir nesse sentido”.




De acordo com o secretário da cultura, João Sayad, presente à solenidade de inauguração, a recaracterização do Memorial deveria ter sido ainda mais dramática, para retratar melhor o que foi aquele período. Para ele, o modo como as celas haviam sido apresentadas na última reforma, assemelhavam-se mais a salas confortáveis de um hotel. Estiveram presentes à solenidade de inauguração o governador do Estado de São Paulo, José Serra, e os secretários da Cultura, João Sayad, e da Justiça e Defesa da Cidadania, Luiz Antônio Marrey, o presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, que representou o ministro da Justiça, Tarso Genro; o diretor da Pinacoteca do Estado, Marcelo Araújo, e Rogério Sottili, representando o ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, além de Raphael Martinelli que, juntamente com Ivan Seixas falou em nome do Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo.




Histórico

Localizado no Largo Manoel Osório, próximo à estação Luz da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o prédio onde hoje funciona a Estação Pinacoteca, anexo da Pinacoteca do Estado, foi projetado em 1914 por Ramos de Azevedo, destinado a ser um armazém para a Ferrovia Sorocabana.




Porém, em 1949, durante o governo do General Eurico Gaspar Dutra, o Deops/SP, criado 25 anos antes com a finalidade de combater os movimentos sociais e outras manifestações originárias de “ideologias exóticas”, como o anarquismo e o sindicalismo, é transferido para o prédio do antigo armazém. Assim, passa a ser o cenário sombrio no qual se desenrolaram diversos atentados de lesa-humanidade, amplificados durante a ditadura civil-militar de 1964-1984.




Inaugurado em 2002 com o nome de Memorial da Liberdade, o atual Memorial da Resistência passou por inúmeros processos de transformação, o que acarretou a descaracterização do prédio. Foram destruídas duas celas, localizadas no térreo, e chamado “Fundão”, que era formado por antigas celas reforçadas, que funcionavam como solitárias. Além disso, o espaço recebeu pinturas modernas e sofisticadas, foram destruídos os banheiros que eram utilizados pelos presos e raspadas inscrições deixadas nas paredes das celas por presos políticos de diversas gerações.




As reformas e nome atribuído ao Memorial, então, desencadearam o descontentamento de grupos ligados às vítimas da violência durante a ditadura militar, de modo especial o Fórum Permanente de ex-Presos e Perseguidos Políticos do Estado de São Paulo.



por Jonathan Constantino,

de São Paulo (SP)
, Da agencia de noticias www.brasildefato.com.br

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Escritora campinense lança seu quarto livro

As últimas seis páginas da obra estão em branco, para que o leitor faça parte da história e possa viver o livro

Folhas secas e verdes espalhadas pelo chão, iluminação a luz de velas, mesa de autógrafos. Coroa de espinhos, cruz, pão e vinho. Estes elementos combinados a música instrumental compuseram o ambiente para o lançamento do livro O Brilho da Luz do Bem e da Beleza Eterna – Jesus Cristo, da poetisa, escritora e jornalista campinense, Iara Rodrigues, 35, na noite da última sexta-feira, dia 6.
O evento teve início às 20h30 e foi realizado na casa de show “O Planeta”, situado no bairro das Malvinas, reunindo amigos e familiares da escritora. Para Iara eles tiveram um papel importantíssimo na realização do projeto, já que alguns compraram o livro antes mesmo de sua conclusão, como forma de ajudar no custeio da edição e impressão.
Sobre a inspiração para escrever, Iara disse que “muito antes de eu começar, Jesus tinha tocado no meu coração e disse: ‘escreva sobre mim’”. Ao todo foram 5 meses de dedicação exclusiva ao trabalho, período no qual a autora afirma ter renunciado aos prazeres físicos, ao dinheiro e a afetividade, para viver o que escreveu.
Na ocasião, o médico Fernando Queiroga, que fez a apresentação livro, repetiu a iniciativa e afirmou que “o texto nos faz abrir a nossa porta interior” e que é “um roteiro de redirecionamento do homem velho para o homem novo”. Em seguida, foi a vez de Iara falar da experiência de escrever e da mensagem do livro, que ela resume em: “demonstrar o quanto a gente pode ter uma relação de intimidade e de amizade com Jesus”.
Antes da seção de autógrafos, a escritora convidou o público a partilhar um grande pão, e refletir sobre o valor do gesto de Jesus de dar a vida pelo amigo.
Sobre a autora:
Iara Rodrigues Silva, 35, é natural de Petrolina – PE, mas vive em campina desde os primeiros anos de idade. Formada em Jornalismo, pela UEPB, também é poetisa e escritora, além de atuar profissionalmente com consultora e treinadora pessoal. Autora de quarto livro, entre eles os dois volumes de Flor de Taxo, poesias.
Serviço:
Autora: Iara Rodrigues Silva
Título: O Brilho da Luz do Bem e da Beleza Eterna – Jesus Cristo
Editora: Maxgraf – Gráfica e Editora (Campina Grande – PB)
Páginas: 138
Preço: R$ 25,00
Onde encontrar: Livraria Cultura

Por Jocélio de Oliveira

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Para quem tem CUCA

Como afirma o dramaturgo Augusto Boal, criador do Teatro do Oprimido: “Tudo é política e toda atitude vêm carregada de intenções”. Como não poderia deixar de ser a escolha do nome desse espaço, vêm precedido de muitas intenções e desejos de mudanças.
Esse blog deseja ser não só um espaço de divulgação das atividades do Centro Universitário de Cultura e Arte de Campina Grande – CUCACG. Mas acima de tudo deseja ser um local de reflexão, onde possamos apresentar e discutir propostas para um melhor fazer cultural de nossa cidade.
Instituir uma forma de manter viva e ativa a produção cultural e incentivar a troca de experiências entre os artistas e universitários são os principais objetivos do CUCA e conseqüentemente do “comcuca”. A produção cultural que não se encaixa na lógica comercial, dos “créus” e “pocotós”, sempre foi legada a margem (deve ser por isso que o CUCA está localizado a margem do Açude Velho) por não representar lucro imediato e por serem um instrumento questionador de um sistema excludente e injusto. Por esse motivo precisamos de um espaço onde quem tem “cuca”, quem pensa diferente, e é legado a margem possa se expressar e ser ouvido.
Para fechar de maneira cíclica, concluo esse texto da maneira que o iniciei com uma citação de Augusto Boal: “Cidadão não é quem vivem em sociedade, mas quem a transforma”. Para que tem “CUCA” os espaços (do blog e do CUCA) estão abertos para o pensamento e para a produção cultural. Sejam bem vindos!

Diretoria de comunicação